Os desafios dos professores joaninos
Em 52 anos de emancipação política, o município de São João Batista-MA, atravessou diferentes fases educacionais, atendendo as exigências da Constituição Federal. Embora, na prática, o modelo tradicional de ensinar ainda seja uma constante. Atualmente nos deparamos com o acesso limitado aos instrumentos tecnológicos, por várias razões; dentre elas a resistência dos próprios professores que se acomodam com o Diploma de 3º Grau, que garante uma pequena melhoria salarial, mas não oportunizam aos alunos a tão falada Educação Transformadora. Outro agravante é a manutenção de falsos discursos “de que os alunos não querem nada com a vida”; “que os pais abandonaram a escola”; “que é assim mesmo”; “que a culpa é do sistema”. No geral, esquecemos que fomos preparados para lidar com alunos em sua diversidade, que direta ou indiretamente fazemos parte do próprio sistema e aceitamos o sem resistência o modelo de dominação partidarista dos que nos oprimem com salários baixos, retenção e desvio das verbas destinadas à educação e a manutenção das escolas. Colocamos nossas despesas pessoais e necessidades financeiras à frente de nossa capacidade de trabalho e, na maioria das vezes, acumulamos funções diversas nos horários já comprometidos; daí um emaranhado de novos problemas surgem e, passam a dificultar o exercício pleno de uma didática profissional excelente. No momento em que vestimos a camisa de que somos formadores de opinião não esboçamos nossas próprias opiniões e com isso nossos algozes, que são nossos representantes políticos, legitimados nas eleições burlam a lei, compram votos, vozes, e o mais trágico o exercício da cidadania coletiva. Assim, mesmo sendo o dia 15 de outubro o Dia dos Professores, temos pouco para comemorar, pois as Leis Orgânicas, a Constituição e outros Códigos que estabelecem direitos e deveres limitam o devido alcance. É deprimente constatar que há vagas no mercado de trabalho e que uma boa parcela da sociedade é apresentada em pesquisas como sendo de analfabetos funcionais. Então, a pergunta que não quer calar: O que nós, professores, fizemos por nossos semelhantes quando estes eram nossos alunos? Logo, se a Educação é um direito de todos devemos somar forças para reverter essa realidade de submissão e opressão que é apresentada para nós o tempo todo.
Salvador Aurélio Pinheiro, 38 anos, professor da rede pública desde 1991.
EQUIPE DE REDAÇÃO DA AGÊNCIA SJB
Bom dia.
ResponderExcluirEu vim aqui para dizer apenas que o Artigo escrito pelo Professor Salvador Aurélio Pinheiro, é BELISSIMO, e de um teor atualizadíssimo.
Vou para aqui, para não escrever tolices.
Parabéns.
Muito obrigado.
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Jailson Mendes
Essa realidade não assombra apenas a cidade de SJB, mas todo o país.
ResponderExcluirConcordo quando o professor fala da "opressão" sofrida por seus represetantes legais, mas vale lembrar, que para esse tipo de "politicos" o que importa mesmo é uma população ingnorante,fica mais fácil de dominar.
Quanto o que fizeram por aqueles que um dia foram os seus alugos, digo-vos, fizeram muito, tanto que até hoje na faculdade os citos,e afirmo,nunca tive professores tão dedicados em transmitir conhecimentos quanto aqueles que tive um dia a oportunidade de ter em SJB.Não esmoreça,a batalha é grande, porém, vence-se uma guerra aquele que teima em continuar lutando,mesmo que isso custe-lhe a própria vida.
Tenha certeza que de alguma forma esse grandioso trabalho,fruto da mais bela das profissões,a do PROFESSOR, de alguma foram estão dando frutos,que se não em SJB, mas além de suas fronteiras,tenha certeza.