Quatro dias de pura animação, no sentido mais literal da palavra. De hoje até sexta-feira, 26, será possível apreciar mais de cem curtas de animação na programação do II Festival Maranime que acontece o dia todo no Cine Praia Grande, SESC Turismo do Olho D’Água, Unidade de Educação Básica Artur Azevedo (no Maracanã) e na Aliança Francesa. A abertura oficial será hoje, às 19h, no Cine Praia Grande, e contará com as presenças das comunidades, entidades parceiras e monitores da baixada. Na sequência haverá exibição das mostras Baixadanime e Brasil Animado I, e a apresentação do grupo de música Eu Vejo a Rua, formado por jovens e adolescentes do bairro Alegria (Maracanã).
O primeiro Festival foi realizado em 2011 e teve um público de aproximadamente 80 pessoas por dia. Segundo o diretor geral do festival e coordenador do Instituto Formação, Fábio Cabral, o evento surgiu a partir da necessidade de expansão do trabalho realizado com jovens e adolescentes que participaram de oficinas de animação promovidas pelo Instituto e ministradas por uma Rede de Jovens Comunicadores da Baixada.
“Nós fazemos esse trabalho de animação e percebemos que precisávamos de um momento para mostrar essas produções, mas não apenas por mostrar, fazer de alguma forma com que houvesse a possibilidade deles terem novas referências sobre animação com produções do Brasil e do mundo, algo que possibilitasse mais mobilização. E veio o Festival. Não somo uma produtora, mas vamos produzindo o mínimo para que eles possam desenvolver seus talentos”, conta o coordenador.
O Festival terá produções de diretores de todo o Brasil, mas também do Maranhão. Na programação estarão, lado a lado, trabalhos de jovens diretores e de animadores brasileiros reconhecidos, que já estão presentes há vários anos no circuito de festivais do gênero. Muitas dessas obras foram premiadas em outros festivais, como os curtas Josué e o Pé de Macaxeira do diretor Diego Viegas; Eu Queria Ser um Monstro, de Marão; Realejo de Marcos Vinicius Vasconcelos, entre tantos outros.
O público também poderá conferir a produção local. Só da Baixada serão exibidos 23 curtas, resultados das oficinas. O incentivo à produção maranhense é uma característica que vem desde a primeira edição, por ser uma vitrine de divulgação dos trabalhos produzidos por crianças, adolescentes e jovens maranhenses. “Até ano passado, a maioria das animações produzidas pelos adolescentes e jovens do projeto eram construídas a partir de técnicas como o pixilation, ou stopmotion com massinha de modelar. Apenas algumas animações eram feitas direto no computador. Nessa nova etapa, com a intensificação do conteúdo 2D e de programas como o Flash, isso mudou”, ressalta o diretor do Projeto, Fábio Cabral.
Programação diversificada
O Festival será a oportunidade para que muitas crianças possam ir ao cinema pela primeira vez. Alunos da Rede Municipal de Ensino estão sendo mobilizados pela Secretaria Municipal de Educação para participarem como espectadores do festival. Haverá também idas programadas de turmas da Educação Infantil e Ensino Fundamental de escolas localizadas no centro da cidade para assistirem às sessões no Cinema Praia Grande.
“A programação, embora conte com sessões à noite, é aberta para todos os públicos, para que todos possam se envolver com o cinema e assistir filmes, séries, grandes histórias como, Policarpo Quaresma, Sonhos de Uma Noite de Verão, adaptados para animação”, conta Fábio.
A programação também dedicará um espaço, sempre nos finais da tarde, para promover o diálogo entre animadores, especialistas da área, apaixonados pelo mundo da animação e o público. Para esse bate papo foram convidados o autor, diretor e roteirista da série de animação brasileira Tromba Trem, Zé Brandão; os diretores Joaquim Haickel e Beto Nicácio das animações maranhenses A Ponte e Upaon Açu, Saint Louis, São Luís; e jovens monitores do Projeto Baixadanime que conversarão com o público sobre a experiência desenvolvida na realização de oficinas com crianças, adolescentes e jovens da Baixada Maranhense.
Haverá também apresentações culturais na Galeria Valdelino Cécio (Centro de Criatividade Odilo Costa Filho) e a exposição fotográfica Arari: Cores e Vidas, produzidas por adolescentes e jovens de Arari, fortalecendo a aproximação de diferentes linguagens artísticas. Fonte: O Imparcial.
EQUIPE DE REDAÇÃO DA AGÊNCIA SJB
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