5 de jun. de 2014

UNICEF MOSTRA DADOS DA EXCLUSÃO ESCOLAR EM SÃO JOÃO BATISTA

Por Batista Azevedo
Apesar do esforço do governo federal em sucessivas campanhas pela universalização da educação no país, isto em outras palavras significa “Toda criança na escola”, o resultado na prática não vem atingindo as metas estabelecidas. As razões são muitas. Vão desde a falta de escolas, a falta de professores, a dificuldade de acesso à escola ainda em algumas regiões do país, ocasionada pela falta de transporte escolar, a ainda pouca valorização dos profissionais da educação, mesmo apesar do incremento do Fundo de Valorização (FUNDEB) que fora criado especificamente para financiar a valorização dos docentes (60%) e a manutenção do educação básica ( 40%).
É certo afirmar que muito já se avançou na educação dos municípios brasileiros, sobretudo os mais carentes. A rede física melhorou, o acesso ao magistério teve nos momentos iniciais a inserção de professores por meio de concursos públicos, ainda que neste instante muitos aproveitadores tenham se valido de “artimanhas” para se tornarem professores, alguns inclusive com o beneplácito de agentes políticos, além de outras melhorias.
Com a exigência da formação específica em licenciaturas, muitos municípios melhoraram o nível de seus professores, ainda que algumas gestões teimem nos contratos temporários de leigos, com a negação de direitos trabalhistas, direitos estes também assegurados pelo Fundeb da mesma forma que aos efetivados do magistério público. Ainda assim o Brasil registra um número ainda grande de crianças fora da escola. Esta estatística aumenta nos estados do Norte e Nordeste. No Maranhão não é diferente, como assegura o site: http://foradaescolanaopode.org.br/mapa-da-exclusao-escolar-no-brasil.
Não alheio a estas estatísticas o município de São João Batista apresenta um considerável número de crianças, na faixa etária de 4 a 17 anos, fora da escola, mais precisamente 370 alunos, cerca de 6,4%. Da população escolarizável, isto é, aquela que deve ou devia estar matriculada, o site registra um número de 5.744 alunos. Destes, 93,6% estariam matriculados o que resulta em 5.374 alunos. Mesmo estando dentro da média nacional, urge que medidas sejam tomadas para reverter este quadro. Outra preocupação por demais pertinente reside na questão “qualidade do ensino”, e “permanência na escola”.
Nestes aspectos, mais uma vez a responsabilidade é em via dupla, ou seja, do poder público e dos docentes, cabendo aos entes constituídos e de classe (neste caso aos Sindicatos e Associações ou Núcleos de Professores) concentrarem políticas efetivas de qualidade na aprendizagem e permanência do aluno na escola. A análise é pertinente e requer esforço e responsabilidade de todos. Com informações do Blog SJB Online com base nos dados disponibilizados pelo unicef.

1 COMENTÁRIO:

  1. A falta de material didático (livro didático, materiais pedagógicos, dentre outros) também contribuem para os péssimos resultados, e acaba sendo também um forma de exclusão. Pois matricular os alunos nas escolas e não as devidas condições, leva a evasão. Lembrando também da falta de merenda escolar, do transporte escolar todos os dias em nossa cidade não espera terminarem as aulas para poderem levar os alunos até a suas devidas localidades. Pois é comum todos os dias os ônibus estarem nas escolas 15 para as 11 h (que deveria ser 11h15min pela manhã) e 15 para as 17 h (que deveria ser 17h15min pela tarde).

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