18 de fev. de 2013

PRESOS TRÊS SUSPEITOS DE ASSASSINAR POLICIAL CIVIL EM SÃO LUÍS

O investigador Henrique Garcia Lopes, 30 anos, foi morto durante discussão no trânsito.

Foto: Biné Morais / O Estado


SÃO LUÍS - Foram presos, neste domingo (17), os suspeitos de participar do homicídio do investigador da Polícia Civil, Henrique Garcia Lopes, de 30 anos, que era lotado na delegacia de São João Batista. O caso aconteceu por volta das 13h, deste sábado (16).

Vitima Policial Henrique Garcia
Prisão

Inaldo Araújo Menezes, o Suca, de 20 anos; Claudionor Santos Costa Junior, o Wesky, de 21 anos, e Rafael dos Santos Ferreira, foram capturados após análise das imagens da câmera de segurança do supermercado que a quadrilha havia assaltado momentos antes.

Segundo o delegado Guilherme Sousa Filho, na manhã de sábado, o Suca foi procurado pelos outros dois membros da quadrilha para assaltarem o comércio localizado no Cohatrac. Três dias antes, Rafael já havia constatado que no local não tinha segurança. Portando um revólver calibre 38, os três executaram o plano e levaram do estabelecimento uma quantia de aproximadamente R$ 1 mil e outros objetos.

- Os três fugiram em duas motocicletas. Rafael conduziu uma Titan de cor preta, levando Suca na garupa, enquanto Wesky fugiu em um veículo de cor vermelha. Eles iriam em direção ao Maiobão para à noite fazer o rateio da quantia roubada. Por ironia do destino, no meio do caminho encontraram o investigador - explica o delegado.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, por volta das 12h, os três estavam em alta velocidade pela Rua 1, do Maiobão, quando a moto em que estavam Rafael e Suca colidiu com o carro em que estava o inspetor e sua esposa na esquina com a Rua 117, de onde vinham. Após caírem no chão, Rafael levantou-se bastante perturbado, dirigiu-se até o veículo do policial e desferiu palavras de baixo calão ao motorista e sua acompanhante.

Neste momento, o inspetor retirou do assoalho do carro uma arma e apontou para o homem. Durante a confusão, Suca, então, atirou no policial na altura da clavícula.

Henrique, ainda, disparou alguns tiros, mas não conseguiu atingir os suspeitos, que fugiram do local atirando para cima evitando que pessoas impedissem a fuga. A troca de tiros foi presenciada por testemunhas, que auxiliaram no reconhecimento dos suspeitos. O policial foi socorrido e levado para a Unidade Mista do Maiobão, onde já chegou sem vida.

Em depoimento, Rafael disse ter pensado que o investigador era o segurança do supermercado.

Força-tarefa Uma força-tarefa foi montada com equipes da Delegacia de Homicídio, das superintendências de Polícia Civil da Capital (SPCC), do Interior (SPCI) e Estadual de Investigações Criminais (Seic) para encontrar os assassinos do inspetor. Segundo o delegado Guilherme Sousa, foram as câmeras do supermercado que ajudaram a encontrar os suspeitos que foram identificados primeiramente pelas motocicletas.

“Ouvimos o gerente do supermercado e alguns funcionários. O primeiro localizado foi Suca, que foi reconhecido pelas testemunhas e pela viúva do policial. A princípio ele negou que tivesse relação com o caso, mas depois confirmou a história e indicou o nome dos outros dois participantes”, disse o delegado.

Os três devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado e também por roubo. O procedimento será encaminhado para o Poder Judiciário e ao Ministério Público para que possam tomar as medidas cabíveis. O inquérito deve ser concluído em 10 dias. De acordo com o delegado, é possível que seja feita uma reconstituição do crime para não deixar dúvidas sobre o caso.

1 COMENTÁRIO:

  1. Grande perda para a Polícia Civil, principalmente para S J Batista, excelente profissional, honesto, destemido, não aceitava ingerência política e sempre comprometido com o trabalaho, não abria para ninguém e talvez esse tenha sido o seu erro naquele fatídico acontecimento. Certa vez, quando S J Batista estava sem Delegado, pedi ao Superintendente do Interior que transferisse HENRIQUE para Colinas/MA, onde trabalho atualmente, então ele me disse: "Rapaz, quem segura aquela cidade é Henrique, não tem como eu tirá-lo de lá". Pena que a imprensa local e os cidadãos de bem da cidade não deram a devida importância à memória do polical. Essa cidade...

    ARMANDO GOMES PACHECO
    Delegado de Polícia Civil

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