9 de abr. de 2012

ASSIM ESCREVEU BATISTA AZEVEDO

UM ABRIL DESPEDAÇADO...
Estive resistente até agora.
Acometido de um desânimo natural e de uma cada vez crescente falta de tempo, coisa também natural nos tempos modernos, não atualizava o Blog há várias semanas. Logo eu que me sinto realizado quando escrevo!
Mas enfim chegou abril. E eu disse pra mim mesmo, que quando Abril chegasse eu voltaria às lides da pena, ou melhor, da digitação. Mas não foi preciso tanta queimação de neurônios. Os fatos pululam. E o abril para muitos chegou despedaçado.
Thiaguinho
Foi assim com a família do jovem Thiago Nery, mas conhecido como “Thiaguinho Nery”.  Este jovem de apenas 19 anos teve-lhe a vida arrancada de forma brutal e covarde.  O fato chocou a todos. Os amigos mais próximos sentiram-se também igualmente atingidos por tamanha violência. Mas nada é comparável ou se quer imaginável com o que pode estar sentindo a sua mãe, a senhora Itamira. 
O crime com requintes de crueldade chama a atenção de todos, e deve chamar principalmente ( esperamos que chame) a atenção das autoridades, para o ar de incompetência que tem as nossas autoridades policiais para a elucidação de casos como este, que diga-se de passagem não é o primeiro. Crimes sem autoria, ou ainda que esta seja conhecida, mas que não tem sequer a intimação do assassino, é o que mais tem acontecido e espantado a nossa sociedade nos últimos tempos.
Professor Gilson
Para lembrar, citamos o covarde assassinato do Professor Gilson ocorrido em 18 de junho de 2005, num suposto assalto ocorrido nas proximidades do Clube Angelim, no trecho entre Bom Viver e São Vicente Férrer.  Deste crime a polícia nunca conseguiu ou não quis descobrir quase nada. 
Outro caso que causou comoção foi o assassinato também brutal do Professor Jorge Luis, de São Vicente Férrer, ocorrido na noite de 04 de outubro de 2010. O crime se deu também com requintes de violência e crueldade e mais uma vez esqueceu-se na impunidade. Como este, também brutal foi o assassinato do também Professor Nonato, que lecionou pelo município de São João Batista, quando deste ainda fazia parte o distrito de Olinda dos Castros, hoje Olinda Nova.  Professor Nonatinho, como era conhecido, à época de seu assassinato, lecionava nos municípios de Olinda Nova e Matinha.
Professor Jorge Luis
Em todos estes casos percebe-se a “homofobia”. É nítido também o descaso, o desinteresse ou a incompetência do aparelho policial em verdadeiramente apurar e elucidar estes crimes. Mas também o que se esperar de cidades, como as da Baixada Maranhense, onde quase não há policiamento? Onde os juízes são quase sempre ausentes e enclausurados em suas próprias togas? Onde o representante do Ministério Público, quando tem nas comarcas e são atuantes, são quase sempre vozes sem eco?
Nós, aqui em São João Batista, em particular, colecionamos a olhos vistos a impunidade sobrepor-se à justiça. Numa sequência que está ficando comum, um crime após outro acontece sem que se veja a ação enérgica da justiça. E como numa ciranda diabólica, a violência vai gerando violência.
Precisamos urgentemente estar organizados e fazer com que as autoridades possam ouvir o nosso grito de socorro. Basta de impunidade! Sob pena de não termos só um “abril despedaçado”, mas talvez um calendário por inteiro. Fonte: Blog São João Batista Online.


EQUIPE DE REDAÇÃO DA AGÊNCIA SJB

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