16 de dez. de 2011

OS POLÍTICOS E SUAS VAIDADES OU A HISTÓRIA DO BÔNUS E DO ÔNUS

Do Blog São João Batista Online

Assisto estarrecido aos últimos acontecimentos políticos ocorridos aqui em São João Batista: a idiota peleja entre o vice-prefeito Carlos Figueiredo e a prefeita Surama Soares, pelo bônus de quem poderia ser o dono do pedido da recuperação da estrada Bom Viver – Sede do município
E fico mais encucado ainda em ver como são voláteis e insanas as vaidades dos políticos. Senão vejamos. Qual seria verdadeiramente o bônus político para qualquer um dos que arrogam para si o grande feito? 
Como se sabe a dívida social do Estado brasileiro com o seu povo é secular. A do estado maranhense também.  Os municípios, os primos-pobres desta grande nação, onde começa o chão brasileiro, sempre ficaram a desejar o que lhes é de direito. E dependendo dos governantes estaduais, pouca coisa ou quase nada é dada aos municípios e à sua população, na sua maioria pobre, apaixonada e obediente ao coronelismo político.
No nosso caso em particular, qualquer que seja a obra executada pelo Governo do Estado ainda é muito pouco para sanar a dívida que tem o Estado para conosco. E ele, o Estado,  tem mais é que fazer. Mandar fazer. Pouco importa o emissário ou portador deste ou daquele feito. O grande felizardo aqui tem que ser o povo! Quem ganhará com isto é o município e o próprio Estado.
O que está sendo feito agora ou o que poderá ser feito amanhã é uma conta que estava pendurada. E esta dívida tem que ser paga a nós, povo da baixada maranhense. A nosso ver, é mesquinha a porfia por quem arroga para si o ônus de uma obra mandada a ser executada pela Secretaria de Infraestrutura do Estado. Arrisco até a imaginar que o Secretário Max Barros e a governadora Roseana Sarney estão a se rirem desta peleja provinciana. Chego até a pensar que os que se locupletam com tal cousa, são daqueles que se extasiam com o falo dos  outros.
Já imaginaram a empáfia dos nossos políticos de hoje se fossem eles os desbravadores das nossas primeiras estradas? Dos nossos arruamentos? Dos nossos primeiros açudes? Num tempo em que a presença do Estado era ignorada e que era na base do cada um por si e Deus por nós? Nem é bom imaginar...
Por fim, conclamo a todos os joaninos desprovidos de empáfia e arrogância a exigirem para si o mérito da obra de recuperação do ramal Bom Viver - Sede do município, principalmente àqueles que diariamente fazem uso de importante acesso, sejam em suas motos ou seus carros, transportando a nossa gente e as nossas quase-riquezas,  ou ainda àqueles que, ainda distantes do torrão natal,  quase sempre estão a visitar a nossa terra querida. Somos nós os credores e cobradores desta dívida. O mérito é nosso. E quem mandou foi Papai-Noel!

EQUIPE DE REDAÇÃO DA AGÊNCIA SJB